Pesquisa do site de empregos Indeed que ainda revelou que 55% dos colaboradores pediriam demissão caso o ambiente de trabalho seja “tóxico”.

O ambiente de trabalho mudou, especialmente em um cenário pós-pandemia. Novos valores, como crescimento profissional e bem estar ganham mais e mais espaço entre quem procura emprego.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Indeed, site de empregos, com 840 trabalhadores, quando os colaboradores precisam decidir entre ofertas de trabalho com os mesmos benefícios, salário e modelo de trabalho, vagas que oferecem plano de carreira e apoio para saúde mental levam vantagem, afetando positivamente a decisão de 62% e 48% das pessoas, respectivamente.

Em comparação, folgas remuneradas são a preferência de apenas 38% dos respondentes.

A pesquisa também mostrou que, quando questionados sobre o que mais consideram na hora de aceitar uma proposta de emprego, 69% dos trabalhadores preferem plano de saúde, auxílio para transporte, vales de alimentação e licença maternidade/paternidade a benefícios financeiros, como divisão de lucros ou  bônus por metas (44%). Isso mostra como funcionários agora valorizam mais o bem-estar e desenvolvimento.

Empresas com foco no funcionário em primeiro lugar 

 

Ser valorizado e ter o trabalho reconhecido são pontos importantes a se destacar em uma empresa que visa o bem estar do pessoal.

A pesquisa do Indeed mostra que 55% dos trabalhadores sentem que não têm oportunidades suficientes de carreira agora, e 50% deixariam o atual emprego se sentissem que não são reconhecidos pelo trabalho e se sentissem desvalorizados no ambiente corporativo.

“Oferecer benefícios focados no desenvolvimento de carreira e pessoal é algo oportuno não apenas para o funcionário, mas também para o crescimento da empresa e, consequentemente, da produtividade. Isso reduz o turnover e aumenta a retenção de talentos. Um funcionário satisfeito e autoconfiante gera progresso em todas as áreas da empresa”, garante o Diretor de Vendas do Indeed no Brasil,  Felipe Calbucci.

Mesmo assim, é possível ver o otimismo dos trabalhadores em relação ao mercado de trabalho brasileiro e gestão de carreiras, pois 90% dos respondentes disseram que estão otimistas em terem mais oportunidades de carreira no futuro.

Reflexos de um ambiente de trabalho saudável 

 

Quando um gerente consegue observar o que é importante para o funcionário, e entender desejos e necessidades, também consegue se aproximar do time e controlar de maneira certeira o turnover dentro da organização.

Questionados sobre o que os faria abandonar o emprego atual, problemas relacionados ao ambiente de trabalho se destacaram entre os respondentes: a maioria disse que sairia do trabalho se o ambiente fosse “tóxico” (55%) ou se testemunhassem algum tipo de discriminação, injustiça ou abuso (40%). Além disso, 45% também disseram  que deixariam o trabalho atual por insatisfação, mesmo se não tivessem outra vaga em vista.

“Entender as novas necessidades e o que permeia o imaginário social do trabalhador hoje é  um enorme diferencial, com o potencial de atrair e reter talentos que estão procurando um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional no mercado de trabalho. A geração que chega agora vai criar novos panoramas e ressignificar o que realmente importa numa instituição,  ou seja, o próprio funcionário,” conclui  Calbucci.

Impactos recentes da pandemia na vida profissional

 

A maneira com que a pandemia afetou psicologicamente as pessoas criou uma dinâmica corporativa que busca alternativas para compensar o desgaste do isolamento social.

De acordo com Calbucci, com a pandemia, novas prioridades surgiram, e com elas, a necessidade de olhar para si mesmo.

“Os funcionários de hoje procuram o tempo todo por um emprego que dê resultados positivos em todos os aspectos da vida. Não apenas no trabalho, mas como o trabalho afeta a vida pessoal deles,” disse.

Movimentos como o Quiet Quitting, ou seja, estabelecer limites entre a vida pessoal e profissional, estão cada vez mais inteligentes e são um exemplo desses novos valores retratados principalmente pelas gerações mais novas.

Também são uma estratégia daqueles que aspiram lutar contra o excesso de trabalho e sobrecarga tanto psicológica como física do trabalhador, em oposição, por exemplo, à personalidade workaholic.

Isso se reflete numa realidade onde, conforme a pesquisa do Indeed, 42% das pessoas sentem que colocam o trabalho acima de aspectos importantes da vida pessoal, como amigos, saúde e família.

 

Fonte: Contábeis, Indeed Brasil

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